Turismo Religioso

Monumento do Santos Mártires

Localizado na comunidade rural de Uruaçu, o Monumento dos Santos Mártires conta com o santuário religioso, templo da devoção do povo São-gonçalense, erguido para homenagear os primeiros Santos Brasileiros e Padroeiros do Rio Grande do Norte.

O episódio de martírio de que agora fazemos memória aconteceu no século XVll, quando os holandeses invadiram o Nordeste do Brasil. Depois de tentarem – em vão – impor sua religião calvinista à população local, os invasores holandeses simplesmente proibiram a prática do catolicismo e passaram a perseguir os seus seguidores.

Os episódios mais marcantes e cruéis ocorreram em 1645, nos engenhos de Cunhaú, hoje município de Canguaretama, e Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante. O massacre de Uruaçu ocorreu em 3 de Outubro de 1645, quando os fiéis católicos foram cercados, presos, torturados e brutalmente sacrificados. Entre eles o Padre Ambrósio Francisco Ferro e o camponês Mateus Moreira – que tendo seu coração arrancado pelas costas, exclamou: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!” e seus 27 companheiros.

O Monumento tornou-se local de devoção aos Santos do Brasil canonizados em 15 de outubro de 2017 pelo Papa Francisco na praça São Pedro no Vaticano. O espaço é aberto aos turistas e religiosos com missa aos Domingos as 10h30min e todo dia 3 de cada mês as 15h é celebrada missa e adoração aos Santos Mártires. No dia 3 de outubro é comemorado o feriado estadual em comemoração ao dia dos Santos Mártires de Uruaçu, recebendo milhares de fieis.


Capela de Utinga

Utinga representa uma das povoações mais antigas de São Gonçalo do Amarante, foi utilizado como rota para a exploração holandesa no início do século XVII. Apontamentos históricos de 1638 já registravam “Itinga” (que no dialeto tupi-guarani significa água branca, hoje a população chama de Utinga) informando existir ali um engenho e uma capela. Possivelmente, a atual capela tenha sido construída no mesmo local da anterior, já existente na época do domínio holandês.

A atual capela foi erguida por volta de 1730, segundo documentos oficiais, e é dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No frontispício da capela aparece o ano de 1787 e representa, provavelmente, a época em que o templo sofreu alguma reforma. A capela de Utinga e duas residências próximas apresentam características arquitetônicas do século XVII, o que comprova o período em que ambas foram construídas.

A capela serviu para a ocupação holandesa no século XVII e desde 1989 é tombada pela Fundação José Augusto. Provavelmente, a estrada mais antiga do Estado, que ligava Baía da Traição, na Paraíba, até Natal, passava pela capela de Utinga. Outro fato importante é que na localidade de Utinga e na sede de São Gonçalo registrou-se antes mesmo de 13 de maio de 1888, a abolição de escravos.


Igreja Matriz

Em outro altar temos os Santos de Roca. Imagens que se articulam, tamanho natural estilo barroco, Cristo levando a cruz e Maria Soledade do século XVII.

Ainda temos outras obras também tombadas pelo IPHAN, como a imagem do nosso Padroeiro São Gonçalo do século XVIII, São José, Nossa Senhora da Conceição e São Benedito (característica da imagem, o santo negro com feições de branco) todas feitas em madeira estilo barroco também do século XVIII.